quarta-feira, 30 de novembro de 2016

A saudade bateu na porta

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Hoje a saudade veio bater em minha porta e preciso confessar que não hesitei ao abri-la, eu a convidaria para um chá mas lembrei que desde a sua partida eu não bebo mais, é que não tem o mesmo gosto de quando você o preparava. A saudade veio e falou de você falou de nós me fez recordar tudo o que vivemos, me fez recordar de como eu amava quando o seu perfume amadeirado ficava em minha blusa, de como era bom usar o seu moletom nos dias frios. Me lembrei de todos os momentos felizes e os tristes também, do último beijo um tanto quanto salgado devido as lágrimas, do abraço de despedida tão apertado que era possível sentir seu coração, das promessas que jamais serão concretizadas. Fiquei me perguntando onde foi que erramos, em que momento deixamos de caminhar juntos e passamos a caminhar sozinhos, como deixamos tudo acabar dessa forma. Ouvi dizer que está namorando, ela já sabe das suas manias? Ela sabe que você acha lindo mulher usando vestido, que seu suco preferido é de laranja, que ama gatos e cachorros, que você é bem bravinho? Me conta, ela tem o mesmo poder que eu tinha sobre você, que quando não conseguia alguma coisa era só fazer chamego e aquela carinha que você nunca resistia e pronto eu poderia te pedir o mundo, então, ela tem esse poder? Impressionante como a saudade faz estragos, você sabe bem do que estou falando, sei que também sente falta, que chora de madrugada e fica pensando que poderia ter sido tudo diferente. Talvez um dia eu lhe envie está carta contando que a saudade deixou de ser visita e passou a ser morada. 
- Nanda Vaz 


 

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